Impressão Tipográfica

História

Em meados de 1439 um ourives, gravador, gráfico e inventor alemão, Johannes Gutenberg, iniciou uma revolução na imprensa com a invenção dos tipos móveis metálicos.
Johannes Gensfleisch, conhecido como Gutenberg, nasceu na cidade alemã de Mainz e em cerca de 1455 concluiu o primeiro grande livro impresso na Europa, a Bíblia - que ficou conhecida como a Bíblia de Gutenberg ou Bíblia de 42 linhas - usando a técnica de impressão por si inventada.
Entre as muitas contribuições de Gutenberg para a impressão estão: a invenção de um processo para a produção em massa de tipos móveis, a utilização de tintas à base de óleo e o uso de uma prensa de madeira semelhante às prensas de parafuso agrícolas do período. Sua invenção verdadeiramente memorável foi a combinação destes elementos num sistema prático, que permitiu a produção em massa de livros impressos - que antes eram escritos a mão.
A prensa de Gutenberg funcionava com letras e símbolos em relevo, esculpidos em metal. Embora inovadora, a técnica não foi pioneira, pois desde o século 7 D.C., que calendários e livros sagrados já eram impressos pelos chineses, que utilizavam ideogramas talhados em madeira, mas Gutenberg criou tipos móveis mais resistentes em metal, que podiam ser reutilizados em outros trabalhos impressos, e assim os livros deixaram de ser uma exclusividade dos nobres e do clero, pois podiam ser produzidos e adquiridos a preços muito mais acessíveis.
Gutenberg desenvolveu um sistema de impressão completo, que aperfeiçoou o processo de impressão em todas as etapas, adaptando as tecnologias existentes às invenções de sua autoria. Ele melhorou muito o processo ao tratar a composição e a impressão como duas etapas de trabalho separadas.
A invenção de Gutenberg permitiu a impressão em massa de livros e a disseminação da aprendizagem. A imprensa foi um passo importante para a democratização do conhecimento.
Esta revolução deu início à comunicação em massa, que foi designada pelo teórico Marshall McLuhan como o início do 'homem tipográfico'.
A invenção e difusão da imprensa é amplamente considerada como um dos eventos mais influentes do segundo milénio, revolucionando a forma como as pessoas concebem e descrevem o mundo em que vivem, e inaugurando o período da modernidade.
A impressão tipográfica ou tipografia era a forma dominante de impressão até aos anos 60 do século XX, quando foi substituída pela litografia.
A tipografia é essencialmente artesanal, pois são usadas prensas antigas que não se fabricam mais, embora nos últimos anos tenha havido uma redescoberta e apreço de alguns designers gráficos por este método de impressão, que resultou na recuperação de algumas destas máquinas.

Técnica

A impressão tipográfica é o método mais antigo e versátil de imprimir. Ela é uma impressão por relevo, ou impressão através de uma superfície em relevo. Contudo, apesar de ter alta qualidade é um processo lento.
A impressão tipográfica é um processo no qual se podem usar tipos móveis para o texto ou uma chapa onde é gravado em relevo o desenho e texto.
Uma vez na prensa, rolos de tinta tocam apenas a superfície em relevo e a tinta é transferida diretamente para o papel.
Tintas de diferentes cores podem ser usadas na impressão tipográfica, contudo é preciso esperar que cada tinta seque antes que a próxima seja aplicada a uma matriz diferente colocada na prensa.
Assim, por cada cor adicional o tempo e o custo de produção practicamente duplicam, sendo mais comum usar apenas uma ou duas cores.
Além das razões referidas, este tipo de impressão resulta melhor com apenas uma ou duas cores - e de preferência em linhas finas - embora também se possam conseguir bons trabalhos com mais cores.
No século XXI podemos falar de uma impressão tipográfica digital, pois a concepção do design é muitas vezes efectuada no computador, sendo posteriormente a impressão efectuada pelo método artesanal criado por Gutenberg no século XV.
Antes do seu renascimento, o objectivo na tipografia era o de não se perceber que havia uma impressão, sendo o tipo de contacto com o papel apenas o suficiente para transferir a tinta, mas não deixar uma boa impressão. No entanto, hoje quando se fala de tipografia, o objectivo é que essa impressão seja evidente, que se note claramente que é impressão tipográfica.
Os pontos fortes da impressão tipográfica são linhas nítidas, padrões e tipografia (tipos de letra).

O Meu Trabalho

Nutro uma paixão pela mordida dos caracteres no papel – aquele baixo-relevo característico da impressão tipográfica.
Hoje em dia esta técnica foi praticamente abandonada pelas tipografias, substituída por técnicas mais modernas como o offset e o digital.
Eu crio o design gráfico para ser impresso em qualquer meio, mas apenas imprimo através da técnica de Impressão Tipográfica, não recorrendo a offset ou a técnicas mistas para simular a impressão tipográfica, como fazem actualmente a maioria das tipografias.
Portanto este é um trabalho de e para apaixonados pela impressão tipográfica.
Todo o material que uso é ecológico, quer as tintas de base vegetal (tintas de óleos vegetais), quer os papeis 100% algodão. E a própria produção também é amiga do ambiente, pois todo o trabalho é manual (sem energia eléctrica).
Aceito encomendas de quantidades pequenas a partir de 100 exemplares. Envio preços para 100, 250, 500, 1000 exemplares, em cada um dos serviços listados no menu Design Gráfico.
O trabalho de criar o design gráfico é independente do trabalho de impressão, portanto pode encomendar-me os dois tipos de trabalho ou apenas um. Ou seja, pode encomendar-me o design gráfico para ser impresso por outros, ou encomendar-me apenas a impressão se já tiver o design pronto a imprimir.